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Coluna

Tendências de marketing para 2024

19 de fevereiro de 2024

4 min de leitura

O desafio maior será equilibrar a eficiência da tecnologia com a autenticidade humana 

O início de um novo ano é sempre um bom momento para refletir sobre as tendências que deverão moldar o cenário do marketing e que provavelmente vão influenciar as estratégias empresariais no futuro. Assim, essas tendências podem ser utilizadas pelas empresas para avalizar o que será ofertado ao mercado (Souza & Ribeiro, 2021).

A evolução tecnológica se apresenta como um grande catalisador na transformação dos negócios e costuma moldar o comportamento da sociedade (Gabriel, Kiso e Kalil, 2022), ao mesmo tempo em que a inteligência artificial, a automação e a realidade aumentada, entre outras ferramentas, remodelam a maneira de planejar e operacionalizar a gestão.

Paralelamente, as mudanças sociais possuem um papel essencial em todo esse processo evolutivo. As preferências de consumo, os hábitos e os valores estão se transformando constantemente, e é imperativo que as marcas estejam atentas a essas modificações, bem como às questões ambientais, que surgem como forças motrizes do mercado. A conscientização ambiental entre os consumidores é crescente, e isso impulsiona uma atuação mais ética e sustentável das empresas.

Além disso, os fatores econômicos influenciam de forma direta no poder de compra do consumidor, obrigando as organizações a promoverem ajustes conforme vai emergindo uma necessidade maior de flexibilizar e adaptar as estratégias de marketing. Nesse contexto, algumas tendências se destacam como promissoras e redefinem o panorama do marketing, evidenciando oportunidades e desafios para o ano que entra.

Foco na experiência

As empresas que priorizam a criação de experiências estão mudando a forma como se conectam com seus clientes e aumentando a probabilidade de recorrência de compra e relacionamento contínuo (Kiso, 2021). Para os consumidores de hoje, a jornada de compra não reside apenas na aquisição do produto. Trata-se de uma narrativa, desde o primeiro contato até o pós-compra.  Nesse sentido, a personalização ganha espaço, com as empresas compreendendo as preferências e adaptando suas abordagens de marketing de forma mais precisa.

Inteligência Artificial (IA)

Conforme Segura (2018), o uso da tecnologia de Inteligência Artificial depende do papel que o marketing representa no contexto digital do negócio. Porém, a IA promete delinear o cenário do marketing de maneira duradoura. As aplicações tendem a se expandir, tornando-se mais completas, complexas e integradas ao cotidiano das pessoas.

Humanização do conteúdo

Mesmo num ambiente onde a IA desempenha um papel proeminente na geração de conteúdo, os consumidores tendem a buscar mais humanização como forma de preservar a autenticidade. O desafio estará na construção do equilíbrio entre a eficiência gerada pela IA e a manutenção da dimensão humana das narrativas, com destaque para as experiências reais, singulares e empáticas.

“Creator economy”

O relatório “Future of Creativity” (Adobe, 2022) revelou que mais de 165 milhões de criativos aderiram à economia global de criadores nos últimos dois anos, sendo que o Brasil teve um crescimento notório de 73 milhões de profissionais, enquanto os Estados Unidos tiveram 34 milhões, seguidos pela Coréia do Sul (11 milhões) e Espanha (10 milhões). Nesse sentido, a “creator economy”, ou Economia dos Criadores, ganha ainda mais força. As mudanças tecnológicas colocaram a comunicação digital no centro dos processos sociais, permitindo que a produção de conteúdo seja algo acessível a qualquer pessoa em qualquer campo de atuação. O mercado de trabalho flexibilizado promove modelos mais fluidos e dinâmicos. E a cultura digital, que transforma a produção de conteúdo em uma legitimação social, contribui para a ascensão da “creator economy” como um mercado cada vez mais profissionalizado com criadores de conteúdo impactando as decisões de compra. A tendência é que esse mercado continue crescendo e se profissionalizando, com novas plataformas, novas formas de atuação e novos modelos de produção.

Mais autenticidade no marketing de influência

O marketing de influência é uma adaptação do marketing diante do novo contexto de evolução dos mercados e das novas tecnologias (Barreiro, Diniz e Breda, 2019) e continua evoluindo e se adaptando às demandas do ambiente digital, mantendo sua força como estratégia. O uso pelos influenciadores confere mais espaço para a IA, no desenvolvimento de uma abordagem mais personalizada e de uma segmentação mais eficiente, garantindo resultados melhores nas parcerias entre marcas e influenciadores. Mas, apesar da intensificação do uso da IA, o público das redes sociais espera mais autenticidade por parte dos influenciadores, não apenas no conteúdo produzido organicamente, mas nas parcerias comerciais com empresas. Os consumidores cobrarão parcerias genuínas e não aceitarão publicidade de produtos que o influenciador não consome, por exemplo.

Conteúdo “evergreen”

O conteúdo “evergreen” (posts duráveis) é atemporal e mantém sua relevância durante muito tempo. É aquele tipo de conteúdo que segue na contramão das tendências ou das famosas “trends”, como são conhecidas as modinhas nas redes sociais. Os usuários de internet estão, cada vez mais, em busca de informações que sejam úteis em longo prazo, e o conteúdo “evergreen” apresenta essa característica, atraindo tráfego constantemente, gerando engajamento contínuo (já que pode ser compartilhado mesmo depois de um tempo) e favorecendo a construção da autoridade.

Conteúdo por áudio

A crescente preferência dos consumidores por conteúdo que seja fácil de consumir e se adapte à sua rotina acelerada e à vida multitarefa tem impulsionado o conteúdo por áudio, como por exemplo, os podcasts. Esse tipo de formato confere conveniência na entrega da informação ou do entretenimento. Além disso, o áudio é uma opção acessível e elimina a necessidade de parar diante do conteúdo para consumi-lo. Tudo isso acelerado pela expansão das plataformas de áudio e serviços de streaming.

Comunidades digitais

A consolidação das redes sociais fortaleceu a construção das comunidades digitais, que reúnem pessoas com interesses comuns e atendem a uma das mais básicas motivações humanas: o desejo de pertencer a um grupo mais amplo de pares com mentalidade similar, de adequação e de aceitação (Seller & Laurindo, 2018). Para os negócios, investir na criação e no gerenciamento de comunidades digitais, inclusive por meio de parcerias com influenciadores, pode aumentar a conexão e o engajamento, reformar a identidade da marca e potencializar o impacto das mensagens, na medida em que se produz um conteúdo mais estratégico.

As tendências destacadas, desde o foco na experiência até o fortalecimento da “creator economy” e do conteúdo “evergreen”, esboçam um caminho em que a personalização, a autenticidade e a conexão com o público tornam-se fundamentais. Diante disso, a capacidade de adaptação e inovação das empresas será crucial para não apenas acompanhar, mas também liderar as transformações em curso.

A busca por estratégias mais humanizadas, seja na produção de conteúdo, seja nas parcerias de influência ou na criação de comunidades digitais, emerge como um diferencial. O desafio maior reside em equilibrar a eficiência da tecnologia com a autenticidade humana, garantindo que as marcas não apenas sigam as tendências, mas também se consolidem no mercado.

Para ter acesso às referências desse texto clique aqui

Autor

Foto do Colunista

Silmara Regina de Souza

Mestre em Administração, consultora pelo Sebrae SP. Palestrante, conteudista, especialista em marketing e comunicação digital. Entusiasta da produção de conteúdo e do uso estratégico das redes sociais como canais de relacionamento e comunicação.

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