
Agronegócio
Inovação
14 de novembro de 2025
Como Florianópolis virou um polo de oestreicultura
Pesquisa e produção na UFSC fortaleceram a atividade, que hoje é vital para a economia local
O Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) fez de Florianópolis uma referência nacional na produção da ostra do Pacífico. Hoje, 95% das ostras consumidas no Brasil vêm da ilha catarinense. A atividade é vital para a economia local, gerando emprego e renda. Segundo o Sebrae/SC, há mais de 60 mil pequenos negócios ligados ao mar na região.
O trabalho começou como um estudo que analisava formas alternativas de subsistência para os pescadores artesanais, que sofriam com o declínio da disponibilidade de peixes marinhos na costa. Inicialmente os testes foram com mariscos e, em 1987, a universidade começou a importar larvas de ostra da variedade gigas para cultivo. A espécie se adaptou bem a Santa Catarina, e os produtores, ao seu cultivo, gerando emprego, renda e resultados sociais para a região.
Em 1999, a importação de indivíduos jovens ou adultos passou a ser proibida no Brasil por questões sanitárias, o que transformou Florianópolis em um dos únicos fornecedores do país. Hoje o cultivo de ostras é um dos mais importantes da economia do município e ajuda alimentar um ecossistema que, segundo o Observatório de Turismo do Sebrae/SC, tem 60.203 pequenos negócios ligados ao mar.
Além de cultivar, o laboratório também faz pesquisa, em associação com o Departamento de Aquicultura da universidade, que mantém um curso de graduação em engenharia de aquicultura e um programa de pós-graduação em aquicultura. A equipe é multidisciplinar e tem quatro professores. Um deles é o pesquisador Claudio de Melo, que atua com melhoramento genético e seleção de animais. Acompanhe abaixo a conversa do professor com a apresentadora Soraia Fessel, para a revista Estratégias e Soluções (E&S).
Sobre o entrevistado
Claudio Manoel Rodrigues de Melo possui graduação e mestrado em Zootecnia. Fez doutorado e pós-doutorado em Ciência Animal e Pastagens. Atua como professor titular no Departamento de Aquicultura da Universidade Federal de Santa Catarina, onde também coordena projetos de melhoramento genético e reprodução de moluscos.
Quem publicou este artigo
Renata de Gaspari Valdejão Almeida





























