Artigo

Entre recordes de exportação e o impacto do ‘tarifaço’ norte-americano, o café brasileiro enfrenta desafios imediatos e reposiciona estratégias no mercado global

Nota técnica elaborada pelos pesquisadores:
Isabela Romanha de Alcantara Pesquisadora. Coordenadora do Ceag. Doutora em Economia Aplicada (ESALQ/USP)
Ricardo Harbs Professor da Faculdade Pecege. Coordenador do Ceni. Doutor em Economia Aplicada (ESALQ/USP)

A NOTA TÉCNICA “Mercado de exportação de café do Brasil: panorama e perspectivas”, elaborada pelos pesquisadores do Centro de Estudos do Agronegócio (Ceag) e do Centro de Estudos de Economia e Investimentos (Ceni), analisa o desempenho recente das exportações brasileiras de café e os impactos da tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o produto.

O estudo mostra que o Brasil manteve sua liderança mundial, respondendo por 37% da produção global e registrando receita recorde de US$ 13,65 bilhões na safra 2024/25, impulsionada pela alta dos preços internacionais.

A imposição da tarifa pelos EUA, tradicionalmente o principal destino do café brasileiro, provocou incertezas e redirecionamento de embarques, afetando o fluxo comercial no curto prazo.

O documento destaca ainda as reações do mercado global, o aumento das exportações à China, e recomenda diversificação de mercados, agregação de valor e estratégias logísticas ágeis para mitigar os impactos.

Em síntese, o setor cafeeiro brasileiro demonstra resiliência diante do choque tarifário, mantendo fundamentos sólidos de competitividade e liderança no comércio mundial.

^{*O conteúdo das notas técnicas é de inteira responsabilidade dos pesquisadores autores.}