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Coluna

As marcas e a era da economia da atenção: a nova moeda do mundo digital

5 de julho de 2024

3 min de leitura

É interessante que o usuário passe cada vez mais tempo conectado para que receba anúncios mais assertivos.

A atenção se tornou um bem precioso e disputado. Quantas vezes você já pegou o celular para verificar uma informação específica e se viu, minutos depois, navegando por uma infinidade de conteúdos nas redes sociais? Essa experiência, cada vez mais comum, revela o poder da economia da atenção no mundo digital.

Segundo o relatório DataReportal de 2024, o brasileiro passa, em média, 9 horas e 13 minutos conectado à internet, das quais 3 horas e 37 minutos navegando nas redes sociais. Esses números comprovam o impacto da era digital em nosso comportamento e a necessidade de entender como a economia da atenção molda nossas ações e escolhas, especialmente aquelas relacionadas às decisões de consumo.

A experiência de gastar muito tempo na internet, frequentemente sem perceber, é um exemplo de como a atenção é disputada no mundo digital, tornando-se um bem escasso (Martinuzzo, 2014). Entretanto, a economia da atenção não é um conceito novo. Lanham já apontava em 2006 uma mudança histórica de uma economia de coisas e objetos para uma economia da atenção.

Redes sociais

Com a consolidação da internet e das redes sociais, houve uma reconfiguração e uma intensificação desse conceito, propiciando um cenário onde a atenção é reconhecida como um grande valor, disputada também pelas marcas, que buscam capturar o interesse dos consumidores para se destacar em um mercado cada vez mais saturado.

A economia da atenção é uma estratégia para lidar com o grande volume de informações que circula na internet, reconhecendo que a atenção humana é um recurso valioso e limitado. O conceito foi introduzido na década de 70 pelo economista Herbert Alexander Simon. Ele propôs que a atenção pode ser vista como um bem escasso, sendo direcionado e monetizado, similarmente a outros recursos. Davenport e Beck (2001) afirmam que a atenção pode ser entendida como uma moeda negociada em um mercado financeiro.

No contexto atual, reter a atenção faz parte do modelo de negócios das redes sociais e das grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs. Instagram, Facebook ou TikTok, por exemplo, não são apenas redes que conectam pessoas, são plataformas de publicidade. Assim, é interessante que o usuário passe cada vez mais tempo conectado para que receba anúncios mais assertivos.

Nesse sentido, considerando o cenário dinâmico e competitivo da economia da atenção, as marcas se deparam com o desafio constante de conquistar a atenção do público, redefinindo a sua relação com os consumidores e indo além da comunicação tradicional. A publicidade comum focada no produto ou serviço, por si só, já não faz mais tanto sentido assim. A criação de conteúdo útil e relevante, em que informação e entretenimento se unem, será fundamental nessa economia.

Diante disso, as marcas que desejam prosperar no mundo digital terão que ir além e, para se destacarem, precisarão criar conteúdo útil e envolvente, construir relacionamentos genuínos com seus consumidores e se tornarem parte da vida das pessoas de forma significativa. Algumas estratégias que podem ser utilizadas para alcançar esse objetivo incluem:

  • criar conteúdo personalizado e direcionado: mapear interesses e criar conteúdo sob medida que atenda às necessidades específicas do público em linguagem e formato adequados;
  • trabalhar storytelling envolvente: através de narrativas cativantes, contar histórias que capturem a atenção do público, transmitam os valores da marca de forma autêntica e criem conexão emocional;
  • diversificar os formatos: utilizar diferentes formatos para contar histórias, como vídeos, podcasts, artigos, ebooks e infográficos, adaptando-se às preferências do público e aos objetivos de comunicação;
  • promover experiências imersivas: utilizar o conteúdopara permitir a participação ativa do público;
  • incentivar a criação de conteúdo gerado pelo usuário: promover a interação e a criação de comunidades on-line;
  • criar comunicação honesta e transparente, além de conteúdo original e autêntico: o conteúdo deve refletir uma realidade próxima do público e gerar a identificação dele com a marca.

A economia da atenção é um tema fundamental também para os negócios. Profissionais de marketing e marcas que compreenderem esse conceito e entenderem como criar alternativas estratégicas para capturar e engajar a atenção do público serão as que se destacarão no mercado competitivo do mundo digital.

Para ter acesso às referências desse texto clique aqui

Autor

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Silmara Regina de Souza

Mestre em Administração, consultora pelo Sebrae SP. Palestrante, conteudista, especialista em marketing e comunicação digital. Entusiasta da produção de conteúdo e do uso estratégico das redes sociais como canais de relacionamento e comunicação.

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