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Coluna

Investimento no mercado de restauração florestal no Brasil

21 de fevereiro de 2024

5 min de leitura

O tema das mudanças climáticas vem ganhando cada vez mais espaço não só em discursos, mas também com ações práticas no desenvolvimento de soluções que enfrentem problemas relacionados ao aumento da temperatura média global, perda da biodiversidade, eventos climáticos extremos, disparidade social e insegurança alimentar, entre muitos outros problemas que ainda carecem de soluções inovadoras.

Em 2015 o Acordo de Paris mobilizou a sociedade internacional a desenvolver soluções que mitigassem os impactos referentes às mudanças climáticas, a partir do comprometimento de cada estado-membro presente em reduzir suas emissões até 2030, o que resultou na criação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs ou NDCs) – objetivos específicos de cada país para medir seu avanço em ações que mitigassem suas emissões.

O Brasil se comprometeu a fortalecer o Código Florestal, que estabelece normas para a proteção da vegetação nativa, com políticas para zerar o desmatamento ilegal, compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) a partir da supressão vegetal e reflorestar 12 milhões de hectares até 2030. Diante desses compromissos, diversas empresas vêm investindo em modalidades de conservação florestal, como o REDD+ (mecanismo de incentivos visando a redução das emissões de GEE oriundos da degradação das florestas e do desmatamento), a Agricultura e Pecuária Regenerativa (ALM) e a Restauração Florestal (ARR).

Todas essas modalidades fazem parte de um pacote de serviços em que muitos fundos de investimento, ONGs e “startups” vêm empregando recursos, uma vez que, com o plantio de mudas florestais em áreas antes desmatadas/degradadas, é possível produzir e comercializar créditos de carbono no mercado voluntário e gerar produtos florestais madeireiros e não madeireiros de alto valor agregado, como madeira certificada, óleos para a produção de biodiesel, frutos e cosméticos.

A partir disso, recursos de mais de R$ 1,79 bilhão já foram investidos no Brasil nos últimos anos por cinco instituições que possuem modelos de negócio sustentáveis – com foco no reflorestamento de áreas degradadas com espécies nativas ou de áreas produtivas com espécies exóticas: Momback, Regreen, Timberland Investment Group (TIG), Biofílica Ambipar e Biomas. O levantamento foi feito pela WBGI, “venture builder” parceira do Pecege que apoia “startups” inovadoras com tecnologias disruptivas na área do agronegócio.  

Fonte: WBGI/Guillermo Grandini.

Re.Green

A Re.green se destaca entre as empresas listadas, tendo recebido cerca de R$ 576 milhões com o objetivo de restaurar 1 milhão de hectares na Mata Atlântica e na Amazônia, capturando 15 milhões de toneladas de carbono anualmente. A partir da regeneração natural assistida e da restauração ativa, a empresa adota uma abordagem única, vinculando projetos de carbono com a silvicultura de espécies nativas, o que permitirá a colheita de algumas parcelas das florestas no futuro para a comercialização de madeira nativa certificada, além da geração de créditos de carbono. Para atingir a meta de reflorestamento de 1 milhão de hectares, a empresa adquiriu um viveiro com capacidade produtiva de 10 milhões de mudas por ano e, em 2023, comprou terras no Sul da Bahia e do Pará para começar suas operações. Estima-se que será necessário um investimento entre R$ 8 e 10 bilhões para atingir essa meta. A iniciativa pode gerar, direta e indiretamente, mais de 2 mil empregos durante a restauração.

TIG

O BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG) é um dos gestores de investimentos florestais mais antigos do mundo. Iniciou suas operações no Brasil em 2007 e, em 2021, expandiu seus projetos com um investimento de US$ 50 milhões, direcionados para a preservação de áreas e a produção de eucalipto de forma extensiva em cerca de 200 mil hectares nos estados de MS, SC, SP, MG e PR. Com foco em gerar valor financeiro e ambiental para pequenos e grandes produtores e investidores florestais, o TIG vem se destacando com sua gestão estratégica, sua inteligência de mercado e com certificação e inventário florestais.

Momback

A empresa Momback tem como objetivo realizar projetos com a compra de áreas de pastagens degradadas ou parcerias com os proprietários dessas terras para a geração de crédito de carbono a partir do reflorestamento em regiões amazônicas. Em troca de uma participação minoritária, a seguradora francesa AXA injetou US$ 49 milhões para ajudar na expansão das operações da Momback, que realiza seus projetos de reflorestamento utilizando cerca de 60 espécies nativas, enriquecendo e aproximando os locais manejados das florestas naturais regionais. Além disso, os projetos utilizam inteligência artificial e “machine learning” para estimar a quantidade de GEE que serão extraídos da atmosfera pelas áreas reflorestadas. Cerca de US$ 100 milhões já foram aportados por diferentes ONGs e empresas como Bain Company, AXA, Conservação Internacional, Rockfeller Foundation e CPP Investimentos para o reflorestamento de 10 mil hectares até meados de 2024.

Biomas

Durante a COP27 (reunião anual da ONU sobre o clima) foi apresentada a Biomas, “joint venture” que estabeleceu um consórcio entre Suzano, Itaú, Marfrig, Unibanco, Santander Brasil, Rabobank e Vale, com o objetivo de comercializar créditos de carbono. O grupo planeja preservar 2 milhões de hectares de matas nativas nas regiões do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia, além de plantar mais 2 bilhões de árvores em outros 2 milhões de hectares em terras degradadas, realizando parcerias com proprietários rurais. Cada uma das empresas contribuiu com R$ 20 milhões para dar início às atividades, incluindo o fomento a viveiros de árvores nativas em larga escala, a identificação de áreas e o engajamento de comunidades locais, bem como a implementação de projetos pilotos.

Biofílica Ambipar

A Biofílica Ambipar busca gerar valor nos ecossistemas através da restauração florestal, sendo um exemplo de compromisso empresarial com a sustentabilidade. Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), a empresa lidera um projeto ambicioso no ARR Corredores de Vida, financiado pela AstraZeneca, com um investimento robusto de R$ 350 milhões. Esse projeto tem como objetivo plantar 12 milhões de árvores em 6 mil hectares no Pontal do Parapanema (SP), região vital da Mata Atlântica. Esse projeto combate o desmatamento e contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

De maneira geral essas são apenas algumas empresas do setor de restauração florestal no Brasil. Existem diversas outras que atuam de forma mais pontual em ações de geração de crédito de carbono, serviços de gestão, monitoramento e execução de plantio, produção de mudas e extração e comercialização de produtos florestais de alto valor agregado.

De qualquer maneira toda essa cadeia necessita de um valor relativamente alto de investimentos para iniciar suas operações, seja pela aquisição de terras, seja pela dificuldade de encontrar e transportar mão de obra qualificada em locais isolados ou até mesmo para viabilizar a compra dos insumos necessários para o plantio.  As instituições listadas são um exemplo de como esse setor segue se expandindo e de que soluções com base na natureza tendem a chamar cada vez mais a atenção de investidores, ONGs e empresas em todo mundo.

Para ter acesso às referências desse texto clique aqui

Este conteúdo foi produzido por:

Guillermo Antônio Cerávolo Grandini

LinkedIn / Lattes

Engenheiro Agrônomo formado pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade de São Carlos, hoje trabalha como analista de inteligência de mercado na WBGI, uma “venture builder” de “startups” agro localizada em Piracicaba, SP. Entusiasta por inovação e sustentabilidade no agronegócio.

Autor

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WBGI

"Venture builder" de "startups" do agronegócio e parceira do Pecege, a WBGI conecta as melhores ideias aos grandes players do mercado, avaliando riscos, fazendo aportes financeiros e dando apoio em vários aspectos que fazem parte da expertise de negócios.

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